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A Internacional de Serviços Públicos (ISP) Brasil realizou, nos dias 21 e 22 de junho, em São Paulo (SP), um seminário sobre as consequências da entrada do capital internacional privado no setor de saúde brasileiro. Entre os 73 participantes do encontro, organizado no marco do projeto UNISON, estiveram representantes de organizações sindicais afiliadas e não afiliadas à ISP; o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro; o representante da ONG Gestos, Claudio Fernandes (por videoconferência); e Pedro Villardi, da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA) e integrante da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP).
Durante o seminário, destacou-se a importância de compreender as lutas no Brasil como parte de um ataque mais geral das empresas transnacionais, repudiar os ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS), como cortes de verbas, e defender a saúde como um direito humano, não como comércio.
Os participantes debateram também a necessidade de regulamentar a entrada de capital internacional na saúde no Brasil, lutar pela renovação do Programa Mais Médicos e regular os planos de saúde existentes no país. Nesse sentido, decidiu-se observar as experiências de regulação em outras partes do mundo e denunciar a padronização e restrição de procedimentos adotados pelos planos. Além disso, ficou definido que será realizado um estudo junto aos sindicatos sobre os impactos nas condições de trabalho dos serviços de saúde adquiridos por empresas transnacionais.
O ex-ministro da Saúde Arthur Chioro fez um balanço sobre o ingresso do capital privado no setor da saúde no Brasil e apresentou as perspectivas de regulamentação. Pedro Villardi, da ABIA e da REBRIP, falou sobre as patentes e custos de medicamentos. Cláudio Fernandes, da ONG Gestos, apresentou a campanha “Saúde Não é Comércio”. Já Gabriel Casnatti, da ISP, expôs um mapeamento da entrada do capital privado internacional no setor, assim como um estudo de caso sobre a atuação da Amil/United Health.
No dia 22, foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalhadores e Trabalhadoras da Amil (GTTA), empresa de planos de saúde que integra o grupo United Health. Organizada pela ISP, contou com a presença dos seguintes sindicatos: CNTSS, CNTS, FNE, SEEPE, Sindsaúde Guarulhos, Sindsaúde ABC, SINDESC-PR e SEESP. Na ocasião, definiu-se realizar um levantamento das condições de trabalho antes e depois da entrada do grupo Amil/United Health nas unidades de saúde, através de um questionário; dar seguimento ao mapa de expansão da Amil no Brasil; e identificar medidas de procedimentos padronizados da Amil que poderão prejudicar a atenção fornecida por trabalhadores à saúde dos usuários, entre outras propostas.
As seguintes entidades participaram do encontro: CNTS, CNTSS, SINDSAÚDE Guarulhos, SINDSAUDE ABC, SINDSAÚDE SP, SEESP, SINPSI, FNE, FETAM/SP, SINDSEP, SINDENFRJ, Federação dos Trabalhadores da Saúde - SP, FASUBRA, SEEPE, FETRAM/SC e CONFETAM.